Achar um “como sair da crise” só se reinventando
Se as circunstâncias econômicas não são favoráveis para empresas e seus respectivos dirigentes, o que se verifica – como quase sempre nos tempos de crise – é aquele mesmo fenômeno típico dos momentos de aperto: a força criativa que impulsiona o empresariado a reinventar a roda para movimentar seus negócios.
Mas esta força criativa é baseada em dados concretos muitas vezes. Um empresário, que consiga uma venda de 1 milhão mas tenha que arcar com custo de produção da ordem de 800 mil terá que encontrar meios para baixar os custos de produção, como por exemplo fazer remanejamentos estratégicos para contrabalançar suas contas.
Cenários de escassez
Geralmente toda crise gera escassez na economia. Para contornar cenários como esses vale se basear em alguns números que mostram como a própria crise vem se comportando.
De acordo com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa 232 mil negócios foram abertos entre janeiro e junho deste ano. Mas também houve um número expressivo de fechamentos de empresas, muito próximo do número de aberturas – 191 mil.
Esse números comprovam o tamanho da crise. Para se ter uma ideia, em 2014 para cada três empresas lançadas no mercado uma fechou. Nos anos 2000 a proporção era de cinco para um.
Apostando em parcerias
Muitos empresários vêm apostando em parcerias para driblar os contornos da crise econômica. Com o mercado extremamente segmentado, especialistas e generalistas caminham de braços dados em muitos negócios.
Empresários também buscam soluções econômicas para se manter focados em estratégias de superação de obstáculos ou mesmo de entraves financeiros. A solução aqui tem sido a terceirização de mão de obra. Com um cenário de competição acirrada especialistas em diversas áreas oferecem seus serviços ao mercado, e com isso há o barateamento do custo dos serviços, premiando, por assim dizer, o empresário contratante que precisa continuar competitivo no seu negócio.
Com isso, aqueles que se especializam podem ganhar outro tipo de know-how trabalhando com generalistas, e vice-versa. Assim se encontra um respiradouro para que profissionais e empresários conservem-se na rota. Isso mesmo que à custa de baixo crescimento como parece ser o caso das crises econômicas que afetam praticamente todos os setores da atividade econômica produtiva do país.
As oportunidades em tempos de crise aparecem, por isso o conselho de especialistas é pensar fora da caixa, ver chances onde outros podem ver somente empecilhos. É assim que muitos empresários avaliam que arregaçar as mangas nos tempos bicudos é melhor que ficar paralisado esperando tempos melhores. Quem sabe faz a hora, diz a canção popular!